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terça-feira, 17 de novembro de 2009

O Que a Bíblia Fala Sobre Graça

Em Atos 15:1-2,11,22-29, lemos (www.bibliaonline.com.br, Almeida Corrigida e Revisada Fiel):
"
1 Então alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim os irmãos: Se não vos circuncidardes conforme o uso de Moisés, não podeis salvar-vos.
2 Tendo tido Paulo e Barnabé não pequena discussão e contenda contra eles, resolveu-se que Paulo e Barnabé, e alguns dentre eles, subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos, sobre aquela questão.

11 Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também.

22 Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger homens dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber: Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens distintos entre os irmãos.
23 E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, e Síria e Cilícia, saúde.
24 Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, e transtornaram as vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a lei, não lhes tendo nós dado mandamento,
25 Pareceu-nos bem, reunidos concordemente, eleger alguns homens e enviá-los com os nossos amados Barnabé e Paulo,
26 Homens que já expuseram as suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
27 Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais por palavra vos anunciarão também as mesmas coisas.
28 Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias:
29 Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da prostituição, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.
"

A tentação de querer arrumar as coisas na antiga igreja mostra-se claramente nesta passagem, quando alguns homens tentar tirar a simplicidade da mensagem do Evangelho.
Eles insistiam que o rito da circuncisão deveria ser uma prática necessária para a salvação cristã. Eles estavam tentando colocar a salvação sob as regras das Leis de Moisés. Primeiro os gentios deveriam se tornar judeus para depois se tornarem cristãos.
Uma conferência foi requisitada entre os apóstolos e anciãos de Jerusalém e a conclusão foi que os gentios bem como os judeus são dependentes da Graça de Deus em Nosso Senhor Jesus Cristo para atingir a salvação.
A carta continua com a menção de restrições razoáveis tanto para os gentios novos cristãos como para os judeus cristãos, pois as restrições ajudariam os cristãos a evitar contato com qualquer tipo de idolatria pagã.
A salvação é pela Graça, e apenas pela Graça. Qualquer coisa adicionada a isto é heresia.
Graça não é decorrente do que fazemos, mas do que Cristo fez!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Livro "Código DaVinci" - Review

Na primavera de 2003, a editora Doubleday publicou um romance intitulado “The Da Vinci Code”, de autoria de Dan Brown. Houve uma intensa campanha de marketing antes de sua publicação e depois de um pouco mais de um ano, havia vendido quase seis milhões de exemplares. Depois de um tempo foi lançado um filme dirigido por Ron Howard e estrelando Tom Hanks no papel de Robert Langdon e Audrei Tautou no papel de Sophie Neveu.
Quando começamos a ler o livro, não podemos evitar perguntas sobre as desconcertantes afirmações que o autor faz em seu livro. Terá Leonardo Da Vinci usado sua arte para comunicar seus conhecimentos sobre a existência do chamado “Santo Graal”? É verdade que os Evangelhos não narram a verdadeira história de Jesus? Jesus realmente casou-se com Maria Madalena? Teria Jesus designado Maria Madalena como a líder da Igreja, e não, Pedro?
O que intriga o leitor é que os personagens parecem ter respostas às suas perguntas e o autor acaba citando livros reais como fonte de pesquisa de seu texto. Naturalmente os leitores se perguntam como não haviam ainda ouvido falar nisto. E também se perguntam se o que fala Dan Brown é verdade, que implicações pode ter isto para a fé cristã. Se o que narram os Evangelhos é falso, não seria uma mentira o cristianismo?
Estudando com exatidão as interpretações dos escritos cristãos primitivos, seus ensinos e suas controvérsias, encontramos um número surpreendente de erros flagrantes que deveríam chamar a atenção ao ler o livro, considerando ele como de “ficção”. O fato de examinarmos esses problemas nos dá a oportunidade de repensarmos o ensino cristão da pessoa de Jesus e sua missão, a história da Igreja dos primeiros séculos, o papel da mulher na religião e a conexão entre a fé apostólica e a fé de nossos dias.
Brown teceu um número de tramas especulativas, adicionou tradições exotéricas e pseudo-histórias publicadas em outros livros e agrupou-as nas páginas de seu próprio livro. Existem escritos desde o século II até o século V que são sínteses claras do pensamento gnóstico e do cristianismo. Os eruditos têm critérios diferentes sobre estes escritos, mas a maioria data de uma época muito posterior aos Evangelhos, com uma escassa visão objetiva das autênticas palavras e atos de Jesus. Brown ignora esta opinião e prefere confiar nos trabalhos de uma minoria de escritores que acreditam que os escritos gnósticos reflitam a realidade do momento inicial formado em torno de Jesus, e se baseia nestes escritos para suas descrições do que “realmente” ensinou Jesus…
Não há uma única citação ao Novo Testamento como fonte da história do cristianismo nos primeiros tempos.
Nas entrevistas feitas na mídia, Brown fala que parte do seu trabalho consiste em recuperar a história perdida que desapareceu… De fato, a história nunca se escreve de um modo objetivo, pois os seres humanos nunca são objetivos. Sempre vemos e relatamos os sucessos a partir de nossa perspectiva. Certamente houveram divergências no cristianismo primitivo. Também é certo que em algumas comunidades as mulheres desempenharam um papel de fundamental importância na cristandade (Lídia em Filipos, por exemplo). Mas todas as fontes dignas de crédito sequer insinuam que algo semelhante à teoria de Brown possa ter acontecido. Nenhuma fonte de especialistas digna de crédito apoiam as evidências de Brown.
As idéias do Codigo Da Vinci procedem de livros pseudo-históricos, como “O Enigma Sagrado” e “A Revelação dos Templários”. Os evangelhos gnósticos são citados como provas da história que ele descreve. O termo “gnosis” significa conhecimento e estes escritos pregam que a salvação ou liberação espiritual se alcança através do conhecimento, e este conhecimento é alcançado por muito poucas pessoas.
De acordo com o crítico espanhol F. Casavella (El País, 17.I.2004), “Pode-se perdoar tudo, menos que este romance seja promovido, pela mídia em geral, como um produto de certo valor… Não podemos deixar de felicitar diversas editoras que se recusaram a publicar esta infâmia e agora não se arrependem. É a demonstração de que há um pouco de dignidade, não só no mundo editorial, mas também no sistema mercantil.”
A verdade é que as pessoas que aceitam as afirmações contidas no livro com tanta credulidade, muito provavelmente não se deram ao trabalho de tentar conhecer seriamente a pessoa e obra de Jesus de Nazaré. Os apóstolos conheceram a Jesus como um ser humano e muito mais, entregaram suas vidas literalmente a ele, vidas que foram cheias de Graça de de verdade.
De fato, esta história está se perdendo. Jesus, crucificado, morto e ressucitado, o Único cuja autêntica morte e ressurreição nos liberta dos pecados e através de Sua morte reconcilia a criação com Deus. Mas isto não é nenhum segredo e não há absolutamente nada que nos impeça de re-encontrarmos esta verdadeira história. Você está curioso sobre Jesus? A Verdade está próxima de você, dentro de um livro de sua propriedade, e não é o “Codigo Da Vinci”, mas sim, a Sagrada Bíblia.

“A heresia é, com frequência, transformada, pela Graça de Deus, em um meio de fortalecimento do testemunho da Igreja.”


Referências:
http://www.opusdei.org/art.php?w=28&p=7972
http://eticaarguments.blogspot.com/2005/01/descodificando-el-codigo-da-vinci.html

Roberto Mattos

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A Graça é de Graça

Dr. Phillip Yancey coloca com muita propriedade sua interpretação da graça divina, que ele resume em duas frases: “Graça significa que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais” e “Graça significa que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar menos”.
De fato, isto ilustra de forma adequada a nossa total incapacidade em alterar o amor de Deus pela Sua criatura. Acredito realmente que, da mesma forma como amamos nossos filhos, Deus nos ama, de forma incondicional, plena. Por mais que nos “esforcemos” em não merecer seu amor, ele ainda assim nos ama e quer nos salvar. Isto não significa que Deus não se alegre com nossas renúncias, nossa busca de conhecimento e mesmo cruzadas em benefício de causas justas, e também não se entristeça quando mostramos nosso racismo ou orgulho, ou quando nos voltamos à pornografia ou quando praticamos o adultério ou mesmo homicídio.
Da mesma forma que tentamos educar nossos filhos e, por amor a eles, impomos restrições e ações corretivas, da mesma forma Deus nos permite passar por tribulações, que nada mais são que “ações educativas” por parte dele, para corrigirmos nossas atitudes e não nos desviarmos de seu caminho, de forma a alcançarmos a salvação que ele põe à nossa disposição.
Assim como ensinamos a uma criancinha que não se deve comer terra, pois faz mal, e ensinamos ao adolescente para não usar drogas, Deus também tenta nos ensinar que o pecado mata, tanto quanto usar drogas ou comer terra. No entanto, a criancinha ou o adolescente ainda não tem um completo discernimento para diferenciar o certo do errado. À medida que estudamos a palavra de Deus, não temos desculpas para não seguí-la. O conhecimento adquirido faz com que a nossa responsabilidade pelos atos praticados seja multiplicada. Se pecamos, normalmente é de forma consciente e apesar de sempre querermos justificar o erro apelando para o fato de sermos humanos sujeitos à fraquezas, devemos ter em mente que nosso objetivo é alcançar uma santificação de vida que faça com que Deus se orgulhe de nosso esforço em agradá-lo.
A Graça Deus nos dá de graça. Seu amor é total. A salvação depende do nosso livre arbítrio.

Roberto Mattos

Confessando o Nome de Jesus

Durante o século XVI, muitos cristãos sofreram torturas e morreram nas mãos da Inquisição. Ser cristão implica em pagar um preço. Quando nos lembramos do exemplo de Paulo na prisão, recobramos a coragem para proclamar o evangelho sem temor. Devemos ter um amor profundo pelas almas perdidas e que vivem escravas do pecado. Devemos recordar que “a nós foi concedida a graça de padecermos por Cristo e não somente de crermos nele” (Filipenses 1:29).

Paulo se alegrava no Senhor de poder estimular outras pessoas a uma entrega mais profunda a Cristo. Os outros podiam ver que ele estava disposto a exaltar o Senhor no seu corpo, quer pela vida, quer pela morte. O viver é Cristo, o morrer é lucro - dizia. (Filipenses 1:20,21). Paulo estava disposto a considerar todas as suas coisas como perda, simplesmente para conhecer mais de Jesus, seu Senhor (Filipenses 3:7,8). Toda sua antiga reputação, seus antecedentes, seus títulos, sua própria justiça, nada valiam. Ele queria o melhor, conhecer a Cristo. Paulo tem um desejo tão fervente de alcançar esta meta que se esquece do seu passado e olha adiante, o prêmio do supremo chamado de Deus em Cristo Jesus (Filipenses 3:12,14). Ao ver o exemplo do apóstolo, podemos entender porque se atreve a dizer “Sejam meus imitadores e observem aos que andam segundo o exemplo que tendes em mim” (Filipenses 3:17).

Nosso primeiro exemplo sempre deve ser o próprio Jesus, pois Jesus é o autor e consumador de nossa fé (Hebreus 12:2). O exemplo de Jesus é único. Chegar à altura da plenitude de Cristo é a meta do cristão (Efésios 4:13). Era isto que na verdade Paulo queria dizer. O exemplo de Jesus aparece descrito em Filipenses 2:1-11. Sua maneira de pensar, de sentir., Ele era Deus e despojou-se de si mesmo, esvaziando-se, renunciando seus privilégios, tomando a forma de servo e se fazendo semelhante a nós, identificando-se plenamente como ser humano (Filipenses 2:7). Humilhou-se a si mesmo, foi obediente até a morte e morte de cruz, onde morriam os malditos, a escória do mundo (Filipenses 2:8). Por isso Deus o exaltou ao máximo. A exaltação vem pelo caminho da humilhação. Deus deu a Ele o Nome acima de todo nome (Filipenses 2:9). No último dia, diante desse Nome todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus é o Senhor (Filipenses 2:10,11).

É desta maneira que se obtém a salvação: confessando a Jesus como Senhor. Esta confissão implica toda a obra redentora e seu propósito. Esta confissão é o ponto culminante do plano de Deus para a nossa salvação, levado a cabo por Cristo. Assim, quando cremos em nosso coração e proclamamos com a nossa boca que Jesus é nosso Salvador e Senhor, estamos confessando a realidade de Sua obra, completa, desde que se fez homem, até o momento que foi exaltado à destra de Deus. Através desta confissão, Deus nos declara justos e inocentes. Esta é a mensagem do evangelho. Este é o evangelho que devemos pregar para que todos possam obter salvação eterna em Jesus Cristo.

Roberto Mattos
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